Internacionalização da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete

Publicado em 20 de setembro de 2021

Ex-Aluna é aprovada em seis universidades e realiza mestrado de Direito no exterior

Passados os cinco anos de graduação, é hora de fazer grandes decisões sobre o futuro que os estudos levaram. Optar por seguir uma carreira profissional, continuar os estudos acadêmicos ou conciliar os dois realizando cursos de aperfeiçoamentos na área em que atua? Estas são apenas algumas das inúmeras decisões que o estudante recém-formado precisa tomar.
Entre tantas incógnitas e após ter vivido ambas as experiências (acadêmica e profissional), a ex-aluna da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete, Amanda Marques Guimarães que se formou em Direito no ano de 2014, agora realiza o sonho de estudar fora do país e também poder atuar na profissão jurídica no exterior. E é sobre este sonho realizado e as experiências que está vivendo que ela conta um pouco mais na entrevista a seguir:

FDCL: Por que decidiu pela pós-graduação? Onde está fazendo?
Amanda: Após me formar em Direito na FDCL, comecei a trabalhar com Direito Tributário e fiz dois cursos de pós-graduação na área: uma especialização e um MBA. Porém, o mercado está cada vez mais competitivo e advogados estão buscando um Mestrado (LLM) no exterior, o que não só abre portas para mais oportunidades no Brasil, como também – no caso do mestrado nos Estados Unidos – permite que o candidato faça a prova do Bar (a “OAB” americana) e possa praticar o Direito no Estado americano em que for aprovado.
Durante a pandemia, comecei a pesquisar sobre os programas de mestrado no exterior e acabei descobrindo um mundo de oportunidades que não fazia ideia que existia. Resolvi que era hora de pausar minha vida profissional e me dedicar à vida acadêmica, indo fazer o mestrado nos Estados Unidos, onde sempre tive o sonho de morar. Estou cursando o mestrado na University of Southern California – USC, que fica em Los Angeles.

FDCL: Conte um pouco mais sobre como foi o processo seletivo.
Amanda: O processo seletivo para mestrado nos Estados Unidos faz uma avaliação holística de toda a trajetória acadêmica e profissional do candidato. Devemos começar a nos preparar cerca de um ano antes do início das aulas.
Entre as etapas do processo, estão a prova de proficiência em inglês (TOEFL), a submissão de cartas de recomendação por Professores e empregadores, o envio do histórico escolar completo e dos diplomas obtidos nos cursos de ensino superior realizados, a elaboração de uma carta de motivação pessoal, bem como a elaboração de diferentes redações que podem ser solicitadas por cada Universidade.
No meu caso, comecei a me preparar em junho de 2020, finalizei o processo seletivo em dezembro e obtive os resultados em março de 2021, tendo sido aprovada em seis universidades americanas e ganhado diferentes bolsas de estudos em cinco delas: USC, UC Berkeley, Cornell, Georgetown, UCLA e George Washington.

FDCL: Qual a temática está trabalhando na sua linha de pesquisa? De onde veio a inspiração?
Amanda: Optei por fazer o mestrado com concentração em Direito do Entretenimento, uma área que sempre me encantou por representar uma espécie de intersecção entre o Direito e as artes, estudando as relações jurídicas existentes na indústria do cinema, TV, música e todas as demais produções artísticas. Além disso, o Direito do Entretenimento também precisa do Direito Tributário para estruturação de seus negócios e projetos, o que me permitirá utilizar a experiência que já possuo na área.

FDCL: Quais foram as maiores dificuldades na adaptação em outro país?
Amanda: Felizmente não tive dificuldades de adaptação nos Estados Unidos, apenas precisei entender algumas diferenças culturais, como por exemplo, aqui o significado de ser pontual é chegar cinco minutos antes nos compromissos. Tudo começa e se encerra estritamente no horário marcado.
Outro ponto é a preparação para as aulas, sempre devemos ler todo o material designado pelo Professor antes da aula e o conteúdo lido em casa é discutido em sala partindo do pressuposto que os alunos já estão a par. Os Professores fazem perguntas aos alunos em classe, as chamadas “cold calls”, e a participação é extremamente valorizada. As notas obtidas no curso são levadas em consideração em entrevistas de emprego e demais processos seletivos, o que acaba por forçar os alunos a sempre buscarem ter as melhores notas.

FDCL: Quais são suas considerações finais e a mensagem que você deixa para quem sonha em estudar no exterior?
Amanda: Gostaria de acrescentar que existem muitas oportunidades no exterior com diferentes bolsas de estudo para alunos internacionais, em programas que vão desde o ensino médio até pós-doutorado. Portanto, quem assim como eu tem o sonho de estudar fora, acredite e não desista, pois tudo é possível.

A principal missão da FDCL é formar profissionais do Direito tecnicamente capacitados e socialmente responsáveis por meio da excelência do ensino. E, quando os ex-alunos alcançam voos mais altos e carregam na bagagem a vasta experiência adquirida durante a graduação, é sinal de que os objetivos foram cumpridos com êxito. A direção e todo o corpo docente da Faculdade, deseja sorte à Amanda e que, ao retornar, possa compartilhar a Faculdade todas as suas experiências. Orgulho de ser FDCL.

 

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