Visita Técnica Museu da Loucura

Publicado em 10 de maio de 2022

No dia 27/04/2022, com o objetivo de integrar a teoria e a prática, os alunos do 3º e 10º períodos da FDCL realizaram visita técnica ao Museu da Loucura localizado em Barbacena/MG. A visita foi supervisionada pelo Diretor da FDCL, professor Cirley Henriques e pelas professoras Lidiane Maurício dos Reis e Cláudia Cláudia Maria Siqueira Camargos Botelho.

O Museu da Loucura guarda registros de uma época que não pode ser esquecida quanto a história do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, que foi o primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais, criado em 1903.

Inaugurado em 16 de agosto de 1996, o Museu é uma importante construção arquitetônica, considerada cartão postal do CHPB. Seu acervo é composto por textos, fotografias, vídeos, documentos, equipamentos, objetos e instrumentação cirúrgica, que relatam a história do tratamento ao portador de sofrimento mental.

O Museu da Loucura serve de elo entre a instituição e a sociedade, e pretende proporcionar a quebra do estigma contra o portador de sofrimento mental, despertando reflexões sobre as fronteiras entre a loucura e a razão.


Depoimento dos alunos:


“O primeiro contato que tive com a história do Colônia foi com às aulas da professora Cláudia, no 3° período. Desde então, sempre lia livros a respeito e assistia a documentários que retratavam sobre as barbaridades que por lá aconteceram. Quando surgiu a oportunidade da viagem, foi a realização de um objetivo que sempre tive, que era o de visitar o Museu e, meu primeiro pensamento foi o de interligar os estudos com a oportunidade de conhecer verdadeiramente como tudo de fato aconteceu. Foi uma experiência estonteante, que nos fez refletir sobre vários dilemas sobre a vida cotidiana. Meus sinceros agradecimentos a professora Lidiane, por nos permitir vivenciar uma experiência como está”. Gisele Aparecida Teixeira de Souza, aluna do 10AN.


“Eu adorei a visita!! Sempre me interessei muito por essa parte de psicologia, entre eles o documentário Em nome da razão me marcou, com base em como as pessoas podiam viver em situações tão desumanas. As histórias das doenças mentais também é algo muito interessante! Principalmente porque vivenciei um caso bem de perto com um familiar que possui epilepsia frontal e os médicos de hoje em dia, com toda essa tecnologia demoraram para ter o resultado do que seria classificando como esquizofrenia, o que claramente assustou a todos nós! Mudando pra BH uma capital com bem mais recursos conseguimos realizar um exame no qual comprovava a epilepsia e descartava totalmente a esquizofrenia”! Lorena Luiza Vieira de Oliveira, aluna do 3º AN.


“Foi uma visita muito interessante, tive uma visão bem diferente sobre a história das doenças mentais, da psiquiatria e da própria sociedade da época comparando com hoje em dia, e ver como tudo evoluiu. O documentário apresentado teve um impacto bem forte, mostrando como as pessoas viviam em uma situação deplorável”. Jamille Vieira Carvalho, aluna do 3º AN.


 

“A visita ao Museu da loucura, além de muito informativa, despertou um sentimento de pesar no meu coração, sentimento esse que é o preço de saber das atrocidades vividas naquele lugar. O museu é rico em histórias e carrega consigo muitas lágrimas, sonhos e vidas perdidas para ignorância, ignorância esta que matou e ainda mata. Nesta visita nós podemos acompanhar como o tratamento dos doentes mentais era feito, sem qualquer empatia ou preocupação com os direitos humanos básicos. Comparando com os dias de hoje, vemos uma notável evolução da preocupação de dar as pessoas que precisam, um tratamento adequado e humanizado. Nós não podemos mudar o passado, mas devemos aprender com os erros cometidos para não estarmos fadados a repeti-los.” Isabella Paz Gomes Lisboa, aluna do 3AN.


“Visitar o Museu da loucura é um resgate da memória de todos aqueles que sofreram, foram esquecidos e morreram dentro daquelas paredes, é uma lição quanto a crueldade humana contra os marginalizados e excluídos, muitos confinados no hospital não por doenças, mas por serem loucos de não se encaixarem no padrão, uma volta ao passado que nos mostra costumes bizarros e o holocausto brasileiro ocorrido em um passado próximo, e um lembrete da importância da luta antimanicomial.“ Deyvid Lucas Silveira Evaristo, aluno do 3AN.


“Muitas vidas ceifadas, um sentimento de angústia e dor sem dúvidas nos invade, quando pisamos naquele chão, muitos sonhos destruídos, muitas histórias sem um final feliz, muitos foram classificados como loucos, embora somente vivessem a sua verdade, muitos foram depositados lá, após serem considerados como escórias não somente pela sociedade padronizada, mas principalmente pela família, onde mereciam ser somente amados… já dizia Bob Marley ” Nos chamam de loucos, num mundo em que os certos fazem bombas.” Adriana Conceição da Rocha Pereira de Souza, aluna do 10AN.

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