Publicado em 27 de setembro de 2013
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No início de outubro deste ano o poeta e escritor Wagner Vieira estará lançando o seu primeiro livro solo. Atuante há mais de 15 anos no cenário cultural de Conselheiro Lafaiete e região, o poeta anuncia a obra pela Lesma Editores, que prepara o material.
Nascido em Conselheiro Lafaiete e com raízes em Queluzito e Casa Grande, o poeta prepara um livro relativizado com o discurso mítico. “Franciscantos” é o nome da obra na qual cidades norteiam o cenário: o mundo em sua órbita universal, a busca pela vida plena.
O lançamento acontecerá no dia 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição com participação do Madrigal Roda Viva, Grupo Lesma e artistas convidados. Entre tantos lançamentos na cidade, a poesia de Wagner Vieira abre seu caminho.
A tradição literária de nossa cidade e a força de perseverar entre correntes aparentemente diversas, é também um fato a se pensar. Por um lado vivemos no eixo do turismo que é o portal do Vale do Piranga e, por outro, o portal do Paraopeba: a grande Queluz de Minas.
Para cantar essas virtudes, desatinos e firulas, existem os livros e que o livro de Wagner Vieira entre por esse viés!
Osmir Camilo, editor
Se a poesia é o canal por onde Deus respira, os poetas são, na outra ponta, os receptores do hálito divino ao converterem-se em porta-vozes de uma mensagem. Foi assim que nasceram os primeiros louvores, os primeiros cantares, salmos, orações: os primeiros poemas.
O nascimento da semente
Espontânea foi como surgiu a inspiração que me levou a escrever este livro quando tomei contato com a mensagem franciscana no ano de 2003, época em que estudava Filosofia na Universidade Federal de São João Del-Rei. Foi lendo seus cânticos, poesias, cartas e orações que eu descobri que São Francisco de Assis, além de um dos santos mais queridos do Cristianismo, era também poeta.
Porém, pela escassez de registros documentais, esses cantares se perderam ao longo dos séculos restando pouquíssimos vestígios do que deve ter sido “a obra poética de São Francisco”. Do que restou lemos aqui um poema de exaltação às maravilhas do Senhor, ali uma prece, acolá paródias de orações mescladas a trechos do Evangelho até depararmo-nos com o comovente “Cântico das Criaturas”, a obra-prima que popularizou o Santo como cantor da Natureza.
Mas qual emoção e alegria me causaram ler aqueles parcos documentos poéticos! À medida que lia, eu ia imaginando quantos outros poemas Francisco não teria escrito e que se perderam na moagem do tempo. À medida que esse esforço em imaginar ia se tornando em mim um exercício, começaram a nascer os primeiros versos do livro que mais tarde eu chamaria de “Fransciscantos”.
Wagner Vieira
Paz & Bem
Não sou poeta, não sou artista, nem compositor. Sou frade menor que canta o amor de Francisco de Assis na vida simples de fraternidade e no amor aos pobres, sendo arauto do Grande Rei, que deu sua vida por nós. Sinto-me feliz porque há homens que ainda se encantam com Francisco, apesar de mais de oitocentos anos de sua passagem entre nós. Louvo ao Senhor que fez desta criatura sinal real do amor revelado nas criaturas. Àqueles por ele enamorados canta a beleza da vida na sua diversidade, canta o amor expresso na vida vivida com sabedoria e sensibilidade.
Hoje Francisco carrega sonhos e ilusões do amor que se concretiza nos pobres e marginalizados de nosso tempo. Wagner Vieira buscou no poverello de Assis, o cantar da vida, do amor nas suas dimensões mais profundas. Acredito e espero que esta obra, na sua riqueza, possa continuar a falar deste santo levando as pessoas a se enamorarem pela beleza de sua vida.
Abraços e que Deus te ilumine e te abençoe.
Frei Jaime Eduardo Ribeiro (OFM)