Alunos do 2º e 9º períodos, das disciplinas de Direito Penal e Direito Internacional, participam de trabalho interdisciplinar sobre o livro Persépolis, de Marjane Satrapi

Publicado em 12 de maio de 2021

PROJETO DE LEITURA: PERSÉPOLIS

 

As instituições de ensino, durante muito tempo, priorizaram o ensino da leitura de forma descontextualizada e voltada para a mera decodificação de signos, cujos objetivos eram responder as questões de interpretações propostas pelos manuais didáticos e elaborar resumos/relatórios, ou seja, ensinava-se a ler para a escola e não para a vida. Aqui estamos propondo algo diferente.

 

Por meio da ideia de que a leitura é um ato complexo e multifacetado, questionamos: seria possível formar leitores proficientes na universidade a partir de projetos de leitura?

 

Assim, o objetivo geral dessa atividade é indicar estratégias de leitura a partir do livro “Persépolis”, articulando-o com questões jurídicas nacionais e internacionais.

 

Espera-se que a discussão do tema e a apresentação do projeto de leitura possam contribuir para a formação de um cidadão mais crítico e partícipe da sociedade no qual está inserido. Em outras palavras, busca-se auxiliar na formação pessoal, profissional e social dos alunos da FDCL por meio do ato da leitura.

 

Como se sabe, as atividades interdisciplinares e as metodologias ativas consistem em uma nova maneira de proporcionar ao aluno um protagonismo no processo de ensino-aprendizagem. Elas rompem com o modelo tradicional de ensino e fundamentam-se em uma pedagogia problematizadora, autônoma, reflexiva, criativa, crítica e significativa, na qual o aluno é estimulado a assumir uma postura ativa em seu processo de construção do conhecimento. Dessa forma, a presente atividade interdisciplinar e de metodologia ativa tem como justificativa, justamente, alcançar esse propósito, despertando o interesse, incentivando os estudos e fortalecendo a argumentação.

 

Dito de outra forma, as metodologias ativas consistem em uma abordagem de ensino que contempla desenvolvimento de competências ou habilidades, tais como liderança, pensamento crítico, autoconfiança, cooperação, envolvimento emocional, curiosidade e pesquisa, técnicas de estudo, entre outras. Atualmente vistas como fundamentais, podem ser aplicadas em qualquer disciplina ou conteúdo e juntamente com quaisquer plataformas educacionais.

 

Nesse sentido, a aplicação de metodologias ativas e interdisciplinares serve para engajamento dos alunos, especialmente nesse período de pandemia, em que nos valemos do ensino remoto, possibilitando o envolvimento ativo do estudante no processo de construção do conhecimento. Lembrando que, além disso, o aluno deve realizar tarefas mentais de alto nível, como análise, problematização, síntese e avaliação e, nesse sentido, as estratégias que promovem aprendizagem ativa podem ser definidas como sendo atividades que ocupam o aluno em fazer alguma coisa e, ao mesmo tempo, o leva a pensar sobre as coisas que está fazendo.

 

Mais do que uma mera fonte de entretenimento, os quadrinhos, assim como o cinema, podem ser usados como ferramenta didática. A utilização da linguagem das histórias em quadrinho em sala de aula pode ser percebida como uma forma não só de transmitir conhecimento, mas, também, de dinamizar o processo de ensino e aprendizagem e de tornar o conteúdo da disciplina mais próximo do cotidiano dos alunos.

 

Sabe-se que uma das maiores dificuldades em trabalhar com esse tipo de narrativa é derivada da visão equivocada que se tem sobre ela: a de que se trataria apenas de uma forma de entretenimento inocente e infantil. Ao contrário, é necessário que na utilização desse material se ressalte seu potencial reflexivo e crítico, uma vez que as histórias em quadrinhos oferecem a possibilidade de diversos usos, seja para debater, ilustrar, introduzir ou até mesmo para aprofundar um determinado tema.

 

Em razão disso, a presenta atividade propõe uma leitura crítica da obra “Persépolis”, de Marjane Satrapi, e sua reprodução audiovisual em filme, com o mesmo nome.

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