É preciso filtro! – Matheus Augusto

Publicado em 09 de outubro de 2017

Com base no controle social interno, observamos que toda a formação e o senso crítico de uma criança começa dentro de sua casa, com sua família. Muito do que a criança aprende naquele ambiente é levado por ela até a vida adulta, como parte integrante de sua personalidade e opinião.

É possível notar que, atualmente, as letras dos funks possuem um alto teor pornográfico e que fazem apologia às drogas, por exemplo. Quando uma criança escuta uma música dessas, sua formação é afetada, visto que ela ainda não está pronta mentalmente para receber aquela informação, aderindo àquilo como verdade, já que ela
está em constante formação de personalidade.

Hoje, não é difícil ligar o estilo carioca ao crime organizado, já que, em suas letras, muitos compositores se consideram dessa forma. Muito se usa do argumento de que o funk é uma cultura brasileira e que, por isso, não deve ser considerado crime. Porém, não deve ser considerado cultura um produto que não apresenta nenhum
acréscimo realmente cultural na vida de uma pessoa e apresenta apenas elementos que podem ser considerados ofensivos, não apenas às crianças e adolescentes, mas também a qualquer público.

Conclui-se, portanto, que não deve haver uma “limpeza social” ou uma censura, como na ditadura, mas uma espécie de filtro. Assim, o projeto que prevê criminalização do funk deve ser alterado, sendo criadas diretrizes a serem cumpridas e análises para que possíveis passagens ofensivas sejam retiradas das músicas, possibilitando também
um maior debate entre todos, mas, sempre tendo em mente que o pudor e o respeito devem ser preservados, ainda mais na era em que vivemos; uma era em que a criança tem fácil acesso à internet e, consequentemente, aos funks, que afetam diretamente sua formação e a dignidade de qualquer pessoa.

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