Projeto da FDCL já levou centenas de pessoas para conhecer a região da nascente do Bananeiras

Publicado em 30 de setembro de 2015

Desde 2012, a Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL) tenta mostrar para crianças, jovens e adultos a importância da nascente do rio Bananeiras. Idealizado pela diretoria de Ensino, Extensão e Pesquisa (DEN), o projeto “Viva Nascente”, em uma de suas ações, leva os visitantes até o bairro Buarque de Macedo, onde nasce um dos nossos principais rios de Conselheiro Lafaiete. Lá também os participantes recebem informações sobre o trabalho de prevenção que vem sendo feito.

A última visita realizada pela FDCL, no dia 29 de agosto, contou com a participação dos professores Mateus, Mauro Filó e José Arthur. Segundo o diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão, professor Waidd Francis de Oliveira, o “Viva Nascente” tem por objetivo conscientizar os alunos sobre a importância da preservação das nascentes, dentre outras questões ambientais, como a destinação correta do lixo, os cuidados com o meio ambiente, dentre outros: “O projeto já levou centenas de alunos da FDCL e das redes estadual, municipal e particular para conhecer a região da nascente do rio Bananeiras, em Buarque de Macedo”.

O diretor-geral da FDCL, professor Hamilton Junqueira, agradeceu o apoio que o projeto tem recebido: “Nós só temos a agradecer a toda a comunidade de Buarque de Macedo e, principalmente, ao Marcelo Lopes, que tem contribuído não só com a preservação das nascentes, mas, principalmente, pela viabilidade de nossas visitas técnicas”.

Parceiro no projeto, o professor de Geo­grafia Leandro Magno Lopes da Silva, que já trabalha há 15 anos em prol da nascente do rio Bananeiras, contou que tudo começou com pesquisas acadêmicas: “Logo foram surgindo novas ideias quanto à necessidade de preservação do ribeirão Bananeiras, pelo fato de ser um manancial de grande importância para o município de Conselheiro Lafaiete. Nós identificamos diversos fatores que vêm provocando a degradação ambiental do ribeirão”.

Segundo o professor, vários trabalhos de mobilização social e educação ambiental estão acontecendo na comunidade de Buarque de Macedo: “Em 2013, foram realizados diversas obras geotécnicas subsidiadas pelo Comitê de Bacias do Alto São Francisco, projeto Peixe Vivo. Esses trabalhos consistiram em cerceamento de nascentes, bacias de contenção de águas das chuvas e curvas em nível”.

A relevância do Bananeiras

Ainda segundo Leandro, considerando a importância do manancial, muita coisa ainda precisa ser feita: “Um dos principais problemas que sofre o ribeirão é a questão do esgotamento sanitário lançado nos corpos hídricos da bacia. Contudo, há necessidade urgente em tratar o esgotamento sanitário e evitar o lançamento ao longo do rio. A consciência ambiental tem crescido muito nos últimos anos. Contudo, há pouca participação do poder público para preservação do manancial. A comunidade vem reagindo, participando e dando sua contribuição ‘gota a gota’, para que não tenhamos o futuro do rio e o uso da água comprometidos”.

O professor destaca, também, que outras nascentes precisam de cuidado: “A nascente de todo e qualquer rio tem fundamental importância na formação das redes hídricas. É preciso ressaltar que há necessidade de preservar não apenas a nascente do ribeirão Bananeiras, mas todas as demais nascentes que fazem parte desta rede e que têm igual valor de importância. A participação da FDCL tem sido de grande importância, levando-se em conta o contexto social, político e ambiental. Da FDCL, sairão os futuros juízes, promotores, advogados… e nada melhor que ter conhecimento de causa para contribuir com a preservação do manancial”.

Leandro também afirma que o trabalho desenvolvido pela FDCL tem contribuído para o meio ambiente: “As pesquisas acadêmicas, os trabalhos de campo com os alunos e outras formas de participação socioambiental, dão subsídio técnico e científico para preservação e recuperação de áreas degradadas deste importante manancial. É preciso maior efetividade do poder público, da imprensa, das redes de ensino, em conhecer melhor o ribeirão Bananeiras. Esse é um dever de casa e deve ser abraçado por toda comunidade. Acredito que se abraçarmos de fato com seriedade essa causa, deixaremos algo de bom para as nossas gerações futuras”.

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